Na contramão da taxa básica de juros, a Selic, que desde o início do ano caiu de 11% para 8% os juros anuais médios dos cartões de crédito subiram de 237,9% em janeiro para 323,14% em junho. Na comparação do juro do cartão de crédito no Brasil com outros seis países da América Latina a Proteste constatou que as taxas brasileiras são quase seis vezes maiores que o segundo colocado, o Peru (55% ao ano), seguido pelo Chile (54,24%) e Argentina (50%). Na outra ponta do ranking está a Colômbia, com juro do cartão de crédito em 29,23% ao ano. A economista Hessia Costilla da Proteste, diz que não há uma explicação econômica para o Brasil ser campeão desses juros. A partir do momento que a Selic cai, os juros ao consumidor deveriam acompanhar essa trajetória. Ou seja, nem pensar em não quitar a totalidade da fatura do cartão. Depois disso, é como refinanciar o restante da dívida, a juros astronômicos. Esse tipo de campeonato não interessa ao consumidor, e ao País. O que está sendo feito para mudar isto?
Esse campeonato não interessa
Por Maria Inês Dolci