Carros inseguros

Por Maria Inês Dolci

Quase todo dia vejo no jornal um comunicado de recall. Já se tornou rotina no Brasil os consumidores de veículos terem de voltar às concessionárias da marca para trocar uma peça que pode provocar acidentes. Com as vendas recordes de veículos no país, infelizmente a indústria automobilística brasileira tem atingido marcas históricas também de convocação de consumidores para reparos de defeitos de fabricação.Ontem foi a Peugeot, por problemas nos freios, e hoje a Chrysler por defeitos nos air bags do modelo 300C. Há casos em que os recalls só são feitos após ações judiciais de consumidores para forçar as montadoras a convocar os proprietários desses veículos para consertos. Os produtos estão mais inseguros ou hoje há mais transparência e ação para sanar os defeitos que colocam em risco a segurança do consumidor?

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No passado, as indústrias pesquisavam, projetavam, construíam protótipos, depois modelos e, finalmente, produziam para vender. Não só carros, mas todos os produtos. Como tudo isso é muito caro e lento, agora se vende direto e se assumem os custos futuros de quem reclamar.

Precisamos descobrir se não é golpe de marketing. “Está vendo aquela empresa, ela respeita os consumidores, faz até recall”.

Até que enfim as montadoras no Brasil se preocuparam em fazer recalls. Isso é uma prática rotineira nos EUA e na Europa.

Mais uma coluna da Folha mal feita e mal redigida.

Só vou me fixar num exemplo – a colunista cita como exemplo de recalls da indústria brasileira um carro importado!

É um dos efeitos da judicialização das relações no país. É o modelo americano. Quem reina são os advogados, sempre famintos por honorários. O recall de automóveis tem seus similares em todas as áreas de comércio e serviços. Exemplo ? é só ler as bulas dos remédios. Precisava escrever que 1 a cada 1 milhão de pessoas que tomam paracetamol morre ??

Creio que o fato se deve ao aumento da produção: maior número de carros=maior número de problemas, não necessariamente na mesma proporção. Não acredito em transparência por parte das fábricas, pois elas tendem a esconder os problemas enquanto podem, da mesma maneira que a imprensa não merece confiança, pois a veiculação de notícias sobre os testes e problemas com carros é condicionada pelos interesses financeiros, afinal as montadoras patrocinam um monte de gente por aí.

Cara Maria Inês. Bom dia. Realmente nossos carros são inseguros, mas parece existir uma conivência entre governo, mídia e empresas para que continuem assim. Comprei um Corolla zero em 2009. Quando tinha pouco mais de 10 mil km, ele acelerou repentinamente e por Deus não morri e matei. eu estava em uma esquina, saindo do meu prédio pela manhã, e de ré, e não consegui pará-lo. o freio de pé não funcionou nem tão pouco o de mão. Ele fez uma curva de 360 graus pq eu tentei desviar de uma padaria do outro lado da rua, subiu na guia e só parou depois de destruir a porta de ferro de meu prédio. E tb bati em um carro de polícia estacionado ali. A montadora apareceu com um relatório dizendo que eu estava a 14 km por hora na hora do acidente. como subi na guia, destruí uma porta e o engate entortou? Como má-fé, no dia da vistoria pela concessionária, descobri que alguém havia colocado sobre o banco do passageiro o tapete antigo que estava no porta-malas. Os responsáveis pela vistoria me questionaram o que o tapete estava fazendo ali, dando a entender que eu estava dirigindo com eles. Essa estratégia só não deu certo pq eu disse a eles que o carro havia sido fotografado pela polícia segundos após a batida, por isso, podia provar que o tapete não estava ali. Ainda como má fé, eles me pediram para assinar um laudo afirmando que no dia da vistoria o carro não apresentara problemas. Com esse papel a montadora se eximiu da culpa ao ser interpelada pelo Jornal o Estado de minas, que quis publicar o caso – e também no Reclame Aqui. Eles alegaram que eu própria afirmei que o carro não tinha defeitos. Mas o laudo diz que não apresentou problemas NO DIA DA VISTORIA. Mesmo assim se agarraram a isso como defesa. Já há vários casos de aceleração espontânea nesse modelo 2009/2010, mas a montadora se recusa a admiti-lo. Em todos os casos ela busca formas de acusar o motorista. Sei de um processo em Minas. Antes dizia que era o tapete, mas eu já estava de tapete novo. Outros casos estão acontecendo. Denunciei à mídia. Uma rádio de SP aceitou levar o caso, mas uma semana depois da minha denúncia, ela estava veiculando anúncio da montadora. Liguei lá e o secretário de redação ficou mudo. Este é o Brasil da impunidade e onde a força da corrupção e má-fé predomina! Lamentável!

Em Brasil, nao tem justica, só pra os mais fortes. Eles se protegem.
Porque um Toyota Corolla custa $16,800. njos EUA e R$65,000. aqui no Brasil? Porque o Camry custa $ 23,000. nos EUA e R$125,000 aqui, Pode diaer que os valores sao em dolares e precisa ser dobrado, mas mesmo assim, dobro nao é quatro ate cinco vezes. Si estes carros foram produzidos aqui com mao de obra aprox. 1/3 de lá com mateira prima daqui, estes carros poderia ser vendidas por menos de lá. Pergunta de seu governo o que eles estao fazendo dormindo no volante e só estuprando voces com tantos impostos! Eles sao satisfeitos de pedir excesivas impostos VOCES NAO SABEM COMO FAZER BOYCOTS. PARA DE COMPRAR E OS PRECOS VAO ABAIXAR E O BRASILIA VAI CAIR DE JOELHOS!

É por isso que nunca comprei, nem pretendo comprar, carros de origem asiática. Os fabricantes são tão cínicos que exportam para cá as porcarias cujos testes os desqualificavam para exportação para Estados Unidos e Europa.

Por isso que aos 64 anos de vida continuo pobre. Sou honesto ! As montadoras nos vendem bananas podre e depois vem com cara de anjinhos dizer que não sabiam de nada.Cade o controle de qualidade ? Cade os departamentos de defesa ao consumidor?Cade as leis brasileiras ?Mas não abro mão de ser pobre.

Eu queria saber quando serão tomadas providências para o absurdo que é os carros aqui fabricados serem muito mais inseguros do que seus similares nos países de origem. Na montagem da carroceria dos carros aqui fabricados, além de serem usados materiais de qualidade inferior, as soldas entre as várias partes são muito menos resistentes. O resultado disso é que em um eventual acidente os carros são praticamente destruídos resultando em ferimentos muito graves para seus ocupantes.

Maria Inês Dolci

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