Refrigerante fora da cantina escolar é boa notícia

Por Maria Inês Dolci

A saúde de nossas crianças e jovens agradece. Por iniciativa dos três maiores fabricantes de refrigerantes do País, a partir de agosto haverá suspensão da venda dessas bebidas em cantinas escolares. Serão substituídas por água, sucos, água de coco e bebidas lácteas.

A medida é essencial para um país em que uma em cada três crianças de 5 a 9 anos está acima do peso. E 32,3% das meninas e meninos brasileiros menores de 2 anos tomam refrigerante e suco de caixinha.

Temos esperança de que este movimento se estenda à restrição da venda de alimentos não saudáveis de baixo valor nutricional, geralmente ricos em energia, gorduras, açúcar e sal e pobres em fibras, vitaminas e sais minerais. O consumo excessivo de alimentos e bebidas pouco saudáveis configura hoje um problema seríssimo no Brasil.

A obesidade traz problemas graves como hipertensão arterial, problemas osteoarticulares em partes do corpo como joelho, coluna e tornozelo, além de asma e diabetes. A obesidade também resulta em danos psicológicos.

A regulamentação de cantinas escolares é medida importante de proteção à criança que vai na linha da regulamentação da publicidade de alimentos dirigida ao público infantil, e na taxação de alimentos ultraprocessados.