Mais um abacaxi para o governo Michel Temer começar a descascar, principalmente se de temporário virar permanente: o descompasso entre o investimento na transmissão e na geração de energia elétrica.
Como se sabe, para que você ligue uma lâmpada ou o computador, em casa e no escritório, são necessários três processos: geração, transmissão e distribuição. A geração de energia elétrica é feita usinas por hidrelétricas, termoelétricas, eólicas etc.
A transmissão é o transporte dessa energia entre dois pontos, e aí está o grande problema do Brasil. Segundo matéria da revista IstoÉ Dinheiro, corremos o risco de não ter energia elétrica suficiente em 2020, se o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de nossas riquezas, crescer mais de 2% ao ano.
A maioria das transmissoras de energia é estatal. A Eletrobras, por exemplo, enfrenta uma série de problemas, como a suspensão da negociação de suas ações na Bolsa de Nova Iorque, por não entregar o balanço auditado de 2014.
Para que as distribuidoras entreguem (nas residências, empresas, escolas, hospitais e outros locais) a energia gerada na usinas, o país terá de resolver os problemas das transmissoras, que seriam acentuados por questões envolvendo licenciamento ambiental, regras tarifárias e financiamento das obras.
Esse cenário será bem pior do que as quedas de energia que já infernizam a vida dos consumidores hoje em cidades como São Paulo. O que os cidadãos podem fazer? Além de pressionar as autoridades, continuar economizando energia.
A luz está piscando perigosamente nessa área.