Memória de smartphones mobiliza até a China

Por Maria Inês Dolci

Não é apenas no Brasil que as entidades de defesa do consumidor (no caso a PROTESTE) estão questionando na justiça os fabricantes de smartphones e tablets por anunciar memória inferior do que a efetiva, já que os aplicativos que vêm instalados consomem boa parcela da capacidade de armazenamento dos equipamentos.

No 20º Congresso Mundial da Consumers International, maior evento de proteção do consumidor, que pela primeira vez será sediado no Brasil, entre os próximos dias 18 e 20 em Brasília, entidade de Consumidores de Xangai abordará como a questão está sendo tratada na China, em relação a Samsung e OPPO.

No Brasil há ações civis públicas em andamento, em São Paulo, contra Apple e a Samsung para que os fabricantes disponibilizem o armazenamento interno informado nas ofertas, sites e caixas dos equipamentos.

Elas se baseiam em  resultados de avaliação da memória interna feita pela PROTESTE  nas duas marcas mais significativas do mercado, que constatou capacidade de armazenamento inferior ao informado e anunciado em 9 ipads e 6 iphones da Apple, além de 5 tablets e 7 modelos de celulares da Samsung.

No caso dos tablets da Samsung foi constatada diferença de até 46% entre o informado e o efetivamente disponível no Galaxy Tab3 Lite. E nos celular Galaxy S4 mini GT I9 195 a diferença foi de 33%.

Nos ipads modelos  Air 2 e Mini 3 foram constatadas diferença de até 36% em relação a memória informada e a disponível e, nos iphones  6 e 5S de até 8%.

Na ação é pedido que os fabricantes parem de vender os produtos com a informação “errada” até a substituição das especificações, por se configurar propaganda enganosa. A memória interna disponível  deveria estar em destaque nos anúncios, páginas da web, embalagens e até no manual de instruções, em vez do tamanho do armazenamento interno total.