É de impressionar o número de veículos com defeito que geraram campanhas de recall este ano: quase dois milhões, mais precisamente 1.859.450 veículos até hoje, segundo dados do cadastro do Procon-SP. Foram 73 campanhas que bateram o recorde em relação ao número de todo o ano passado, quando 1.516.918 de veículos foram chamados num total de 96 convocações.
E o pior é que segundo dados do ano passado, mais de 60% dos proprietários não costumam atender aos chamados de reparo dos defeitos, o que significa que temos rodando por aí veículos que põe em risco a vida, integridade e segurança de motoristas e passageiros.
É desgastante comprar um carro novo e se deparar com defeitos que podem causar acidentes, mas atender a esses chamamentos é a garantia de sua própria segurança, evitando-se a concretização de potenciais acidentes de consumo.
Marcas mais caras também não estão livres de falhas no controle de qualidade que geraram problemas com o sistema de combustível, rodas, sistema elétrico e eletrônico, tração, freios, air bags, sistema de direção, e cinto de segurança entre outros, este ano.
O recall deve alcançar todo o universo de consumidores expostos aos riscos decorrentes dos defeitos detectados nos produtos ou serviços objeto do chamamento. Os consumidores por sua vez, no caso de reparos, devem exigir e guardar o comprovante do serviço efetuado. No Brasil, o instituto do recall está previsto no Código de Defesa do Consumidor.