Insegurança das estradas gera queixas

Por Maria Inês Dolci

Número insuficiente de faixas, insegurança, asfalto em condições ruins e serviços caros. Estas são as principais queixas de quem transita pelas rodovias brasileiras, conforme resultado de pesquisa feita pela PROTESTE com 1241 pessoas.

O estudo abrangeu pessoas que trafegam por rodovias de nove estados (São Paulo, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso) e nenhuma delas obteve satisfação geral acima do conceito aceitável.

São Paulo foi o único estado a ter a satisfação geral com a segurança considerada aceitável (6,53), sendo a visibilidade das placas sinalizadoras o item mais bem avaliado. Na avaliação de zero a dez nenhum das demais obteve mais que 5,24.

No quesito segurança, as rodovias de Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso foram consideradas péssimas pelos respondentes. O item que mais recebeu notas ruins foi o relacionado ao número de pistas. Quem trafega pelas estradas brasileiras sabe que é bastante comum encontrar apenas uma faixa para cada sentido e sem barreira física entre elas (pista simples), o que acaba aumentando o risco de acidentes, principalmente durante as ultrapassagens.

Dos  participantes da pesquisa, 57% são viajantes habituais das rodovias, ou seja, se dirigem por elas para ir e voltar do trabalho, por exemplo. E 30% têm sistemas eletrônicos para pagamento de pedágio, conhecidos como TAG, sendo que 46%relataram ter tido ao menos um problema ao usar o  dispositivo eletrônico nos últimos 12 meses. Mesmo assim, 90% estão contentes com o sistema.

Entre os 14% que se utilizaram dos serviços de assistência das concessionárias das rodovias,  nos  últimos  cinco  anos,  40% ficaram insatisfeitos com o serviço prestado. Demora e falta de eficiência na solução do problema foram questões apontadas por 43% e 48% dos entrevistados, respectivamente.