Consumo consciente em segundo plano

Por Maria Inês Dolci

É preocupante saber que entre adotar atitudes responsáveis em relação ao consumo, prevalece entre os consumidores o entendimento de que a dimensão financeira é a mais importante. Os jovens são pouco conscientes quanto a importância de adotar práticas adequadas de consumo. E agora com a crise econômica esta situação deve se agravar.

A economia na compra foi destacada por 35,5% dos 605 consumidores entrevistados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas 27 capitais, de ambos os sexos e de todas as classes sociais.

O indicador de Consumo Consciente (ICC) calculado pelo SPC Brasil mede os conhecimentos e níveis de práticas de consumo consciente pelo brasileiro em três esferas: financeira, ambiental e social.

O levantamento constatou que os consumidores mais jovens são os que menos adotam práticas adequadas de consumo. O percentual de atitudes corretas, que é de 69,3% para a população em geral, sobe para 74,2% entre os entrevistados com idade acima dos 56 anos e cai para 64,5% entre o universo de consumidores com idade que vai de 18 a 29 anos.

Quando comparado ao geral, a maior concentração de entrevistados na categoria dos ‘nada ou pouco conscientes’, é encontrada, justamente na faixa de 18 a 29 anos: 46,3% contra somente 31,2% do total da população. Na mesma comparação, entre os não conscientes, há uma participação maior de consumidores da região Sudeste (53,8%) e de homens (61,3%).