Quando a saída é devolver o carro

Por Maria Inês Dolci

Devolver o veículo amigavelmente tem sido o recurso para quem financiou e não está conseguindo manter o pagamento das parcelas em dia. Resgatar pelo menos uma parte do que já se pagou nem sempre é fácil. O carro vai a leilão e o valor obtido na venda é usado pelo banco para quitar as parcelas restantes.

O problema é quando o que se arrecadou no leilão é insuficiente para  quitar o saldo devedor, e o consumidor, além de perder o veículo ainda continua com a dívida.

É importante que o cálculo do saldo devedor seja feito corretamente para evitar juros indevidos. No caso de estar devendo 14 de 24 parcelas, por exemplo. Se o carro demorar seis meses para ser vendido, é preciso pagar as seis parcelas com juros e multa porque estão atrasadas, mas o pagamento das oito restantes deve ser considerado antecipado e, portanto, sem juros e multa.

Muitas vezes o consumidor fica sem receber nada de volta ou ainda fica devendo uma parte porque as financeiras não fazem os descontos necessários. O refinanciamento da dívida, apesar de poder continuar com o carro, não é uma boa opção porque com os custos envolvidos se estará pagando até três vezes o valor do bem. E é elevada a probabilidade de não conseguir honrar a dívida.