Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress
O sonho da casa própria fica mais distante com a alta das taxas cobradas no financiamento imobiliário conforme constatou a Proteste ao comparar os juros cobrados em março, com os de junho do ano passado.
A diferença no valor pago de um imóvel de R$ 800 mil financiado em 30 anos pode chegar a R$ 113 mil na Caixa Econômica Federal, com reajuste de 8,23% para quem tem 35 anos, e pretende pagar em 30 anos, 70% do valor do imóvel.
Dentre os três perfis analisados, o impacto maior foi para quem pretende adquirir imóvel de R$ 800 mil. Veja o estudo completo neste link:
Antes de se decidir pela compra de um imóvel, avalie todos os custos e pense bem na dívida de longo prazo, que envolve um processo complexo e burocrático. Com os juros elevados e o preço alto dos imóveis fica difícil não comprometer mais de 30% da renda com a prestação.
Além das taxas de juros, não se esqueça de avaliar o Custo Efetivo Total (CET), pois esta é a melhor forma de saber qual financiamento é o mais vantajoso. Quanto menor o CET, mais baixo será o custo do financiamento. Os bancos são obrigados a informar o CET, inclusive nos anúncios.
Na hora de fazer as contas, não esqueça que a compra de um imóvel tem outros custos além do financiamento. Reserve recursos para pagar as certidões (registros) e os impostos. Além disso, será preciso ainda pagar o Imposto de Bens Imóveis (ITBI) ao município onde está a propriedade. Só depois será possível dar entrada na nova escritura
Se possível, use o saldo do FGTS como entrada, diminuindo o valor financiado. Lembre-se de quanto maior a entrada, menor será o seu financiamento. Se puder, poupe por um ano o valor equivalente ao que pagaria no financiamento. É uma boa experiência de poupança, que ainda pode aumentar o valor dado de entrada.
Utilize seu FGTS e amortize parte do saldo devedor. Faça o mesmo com qualquer renda extra, como férias e 13º salário. Tente não prolongar a dívida, pois pode não valer a pena.