A queda na busca por crédito nos bancos e instituições financeiras, bem como a menor demanda por linhas telefônicas, se refletiu também na redução das tentativas de fraude, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor. Ainda assim, ocorreram fraudes a cada 15,2 segundos no país no mês de agosto, com roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos. Isto mostra como estamos vulneráveis no mercado. O setor de telefonia teve 62.092 registros, totalizando 35,3% do total de tentativas de fraude realizadas em agosto último, inferior aos 46,8% registrados pelo setor no mesmo mês de 2013. A telefonia lidera o ranking porque para os golpistas é fácil comprar telefones para ter endereço e comprovante de residência por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas. Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 58.240 registros, equivalente a 33,1% do total. No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por 27,3% das ocorrências.O setor bancário é o terceiro do ranking de registros em agosto de 2014, com 38.559 tentativas, 21,9% do total. No mesmo período de 2013, o setor respondeu por 17,4% dos casos. Resta para o consumidor a dor de cabeça de provar que usaram indevidamente seus dados
As fraudes são mais comuns na telefonia
Por Maria Inês Dolci