Vender uma mistura de óleos refinados como se fosse azeite extravirgem é um notório desrespeito ao consumidor. Foi o que detectou a Proteste, que avaliou 19 marcas de azeite vendidas no Brasil como extravirgem. Além das quatro que não poderiam ser consideradas azeite (Figueira da Foz, Tradição, Quinta d’Aldeia e Vila Real), na análise sensorial, mais sete eram azeites virgens (La Espanhola; Carbonell; Serrata; Beirão; Gallo; Pramesa; Borges). Passaram no teste, portanto, oito: Olivas do Sul; Carrefour; Cardeal; Cocinero; Andorinha; La Violetera; Vila Flor; Qualitá. As propriedades antioxidantes do azeite de oliva são os grandes atrativos desse produto, devido ao seu efeito benéfico à saúde. Mas, para que o azeite mantenha suas características, é importante que ele não seja misturado a outras substâncias. As fraudes, além de serem um abuso contra o consumidor, podem reduzir os benefícios à saúde . Os antídotos contra tais fraudes são: fiscalização constante e punição exemplar. Um dos fabricantes (Borges) tentou barrar a divulgação, mas o Juiz da nova vara do Fórum Central de SP, Gustavo Coube de Carvalho disse que não existe censura prévia no País. A Borges informou que buscará todas as reparações cabíveis, já que é uma empresa que respeita integralmente todas as normativas legais e marcos regulatórios em todos os países em que atua, além de primar por sempre garantir produtos da mais alta qualidade aos consumidores.
Fraude no azeite
Por Maria Inês Dolci