Um dos primeiros choques de realidade após o período de festas e de férias é a volta às aulas, tanto para os alunos quanto para os pais. Os estudantes por que têm de retomar o ritmo de estudos: os outros porque pagam uma conta salgada.
Os contratos têm sido reajustados sempre acima da inflação e há, ainda, que separar dinheiro para o material escolar, uniformes e transporte. Sem nos esquecermos dos extras como passeios com a escola, livros, cursos de idiomas, natação etc.
A primeira recomendação, então, para evitar problemas adicionais, é ler atentamente o contrato. Ele não pode ter cláusulas abusivas nem leoninas (que lesam os direitos dos consumidores).
Caso os reajustes definidos sejam exagerados (muito acima da inflação anual), a saída é negociar, principalmente quem tiver mais de um filho na mesma escola.
O material é um capítulo a parte. Às vezes, é possível reaproveitar alguma coisa já utilizada no ano letivo anterior – cadernos, borrachas, canetas, réguas etc. Compras em grupo são boas opções para obter descontos maiores. Antes, porém, pesquise os preços em diversos pontos de venda.
Artigos de marca são mais caros e têm a mesma função de outros mais baratos.
Os pais não devem comprar materiais de uso coletivo, como sabonetes, papel higiênico, grampos e clipes – isso é dever da escola.
Uniformes podem ser exigidos, mas a compra poderá ocorrer em qualquer loja que venda os modelos definidos pela instituição de ensino.
A escolha da mochila deve ocorrer considerando o peso (as melhores são as mais leves), e que tenha alças acolchoadas, reguláveis, com largura mínima de quatro centímetros nos ombros oito centímetros para as mãos, para não provocar dor nem limitar a circulação.
Estrutura rígida e acolchoada nas costas evita ferimentos com objetos pontiagudos. Além disso, é importante ter cinto regulável na altura da barriga, para repartir o peso entre os ombros e a região lombar.
A condução escolar também exige atenção especial. Algumas escolas oferecem o serviço, outras somente indicam empresas especializadas ou motoristas autônomos conhecidos. A segurança aumenta quando os pais solicitam referências a outros que já contrataram o serviço.
É recomendável verificar se o veículo tem cintos, pneus em bom estado, monitores em quantidade suficiente para acompanhar as crianças nas viagens e cadeirinhas para crianças de até 10 anos.
O contrato do transporte escolar é feito à parte, e deve detalhar questões como reserva de vaga e pagamento durante as férias.
Por fim, mas não menos importante, há que pensar na alimentação das crianças na escola.
Se dependesse dos pequenos, salgadinhos, doces e refrigerantes ou achocolatados dariam conta da fome no recreio. É claro que os pais não podem aceitar esta dieta de engorda, que predispõe as crianças a futuros desequilíbrios de saúde, como aumentos dos níveis de açúcar, hipertensão e obesidade.
Será uma batalha diária, mas é fundamental que eles aprendam a comer frutas, beber sucos e a gostar de sanduíches mais saudáveis. O segredo, aqui, é começar cedo. Maus hábitos alimentares são muito difíceis de vencer.
Para que não haja um excesso de rigidez, uma boa norma pode ser ‘liberar’ o consumo de guloseimas um dia por semana, desde que, nos outros quatro, a alimentação seja equilibrada.
A prática de esportes contribui, também, para a valorização da saúde e do bem-estar. Não bastam, contudo, as aulas de educação física dos currículos escolares. Praticar um esporte ou uma arte marcial queima calorias, ajuda na autoestima e no relacionamento com os colegas e induz a um pouco de disciplina.
Como se vê, há muito que considerar na volta às aulas. O papel da educação na vida adulta, porém, justifica cuidados e empenho especiais. Boa sorte!