Maria Inês Dolci

Defesa do Consumidor

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A advogada Maria Inês Dolci é coordenadora institucional da ProTeste. Atua há mais de 20 anos na área de defesa do consumidor e é autora e coautora de várias publicações na área.

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Atrasopólio

Por Maria Inês Dolci

A inoperância pública não é nenhuma novidade no Brasil. Nada em que o governo ponha a mão funciona bem, exceto no quesito impostos. A situação dos brasileiros que não conseguem receber seus vistos para viajar aos Estados Unidos é um exemplo maiúsculo desta incompetência. Como escreveu com muita propriedade o colunista Hélio Schwartsman, na Folha de S.Paulo deste sábado, o foco do problema foi a liminar concedida à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), impedindo o consulado norte-americano de usar os serviços de uma companhia privada, a DHL. Mesmo com a cassação do medida, o caos sobreveio. Não faz sentido que a ECT tenha monopólio na distribuição de cartas, cartões-postais e correspondência agrupada. E muito menos que o governo olhe para o lado e assovie, enquanto brasileiros perdem oportunidades de trabalho, de negócios e de lazer. Lastimável, mas verdadeiro! Quanto aos consumidores, o que resta é acionar judicialmente o consulado, uma vez que é o responsável pelo serviço. Chama a atenção, também, a arrogância do consulado, que sequer respondia às consultas dos viajantes prejudicados. Agora, ao menos, há um e-mail para isso: entrega@usvisa-info.com.

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