O bom velhinho está de volta. Talvez um pouco preocupado com o peso, porque, hoje em dia, são tantos indicadores médicos que apontam para saúde ou a doença…
Mas ele começa a aparecer, antecedido pela decoração de shoppings, árvores decoradas e todo o clima natalino. Papai Noel e as luzinhas que têm marcados as festividades natalinas também são sinônimos de presentes. Um hábito que reforça o caixa das empresas, emprega trabalhadores temporários e move a economia.
Até o próximo dia 30, chegará a primeira parcela do 13º salário para aqueles que têm registro em carteira do trabalho. E começará um período gostoso, de festas, de férias, mas também de estresse de compras.
Preocupada com isso, resolvi consultar minha amiga Laura, aquela que viajava muito ao exterior, e que agora, pasmem, trocou os aeroportos pelas rodoviárias, devido aos preços das passagens e à bagunça nos aeroportos.
Desta vez, ela entrou no espírito natalino, não foi irônica – não muito! – e nos doou seus conhecimentos, um verdadeiro presente de Natal.
1. É melhor uma lembrança de boa qualidade do que economizar comprando um bom presente de má qualidade. Todo mundo usa meias, lingerie, ouve música, lê livros, enfim, tem hábitos que não são tão caros assim.
2. Faça listas de pessoas que presenteará. Calcule quanto pretende (e pode) gastar e divida pelo número de presenteados. Por exemplo, se tiver R$ 1.500,00 e 15 amigos, colegas e familiares a quem dará presentes, gastará, em média, R$ 100,00.
3. Divida a listagem de acordo com tipos de lembranças. Por exemplo, livros, roupas, acessórios, vinhos, objetos de decoração, equipamentos eletroeletrônicos.
4. De posse das informações, vá a feirinhas de Natal, de antiguidades, lojas especializadas nos itens escolhidos, de preferência em horários em que haja menos aglomeração de consumidores.
5. Se possível, pague à vista e concentre as compras em algumas lojas ou exposições, pois assim conseguirá negociar descontos significativos.
6. Se comprar com cartão de crédito, anote o valor de cada presente e não use o crédito rotativo. Divida no número máximo de parcelas sobre as quais não incidam juros.
7. Se tiver pessoas próximas que aceitem fazer compras conjuntas, será possível adquirir itens em atacado, muito mais baratos, com igual qualidade. Normalmente, isso é possível com seis unidades em diante.
8. Produtos simples podem ganhar mais charme e se diferenciar com um toque seu. Por exemplo, um tênis branco com pintura, um jeans com um bordado, uma camiseta com um broche.
9. Quem estiver com pouca verba, poderá organizar um amigo secreto em família, no trabalho ou em grupo de amigos. Procure fixar, contudo, normas para evitar que alguém receba um péssimo presente de algum ‘pão duro’. O ideal é que, dentro do valor estabelecido, cada um indique o presente desejado, o local em que poderá ser adquirido e alguma opção, caso não esteja mais disponível.
10. Da mesma forma, uma ceia coletiva será bem mais barata e divertida. Basta dividir em comidas (salgados e doces) e bebidas (alcoólicas e refrigerantes).
Laura enfatizou que não há motivo para se endividar em função de uma festa que, acima de tudo, deve reunir as pessoas que se gostam. E se um filho pedir um presente fora do orçamento, que não se possa comprar, perguntei.
– Converse com ele e aproveite para mostrar que nem sempre é possível ter tudo que desejamos. Combine comprar o que foi pedido para um Natal fora de época, talvez na metade do ano.
Finalmente, ela disse que o segredo de uma reunião feliz é apagar, de verdade, mágoas e ressentimentos, ou não se reunir com determinadas pessoas. Natal não combina com falsidade nem maus sentimentos. Obrigada, Laura!