É importante mesmo que o governo exija regras mais claras e facilite o processo para que o consumidor possa se beneficiar da portabilidade de crédito. Hoje o devedor acaba desistindo de transferir o financiamento para outra instituição que ofereça condições melhores por conta da burocracia. Muito consumidor desconhece essa possibilidade da transferência, que já existe há quase seis anos, porque nunca foi de interesse das instituições financeiras divulgar esta possibilidade. Ou mesmo do Banco Central. A pesquisa das condições oferecidas por cada banco não é um processo fácil porque as variáveis são inúmeras e levam em conta o perfil de cada cliente. E ainda tem instituição que não dá informação para quem não seja cliente, e por aí afora. Informar-se sobre o Custo Efetivo Total é o primeiro passo para se avaliar se vale a pena a troca de banco ou não. Também é preciso cuidado com a armadilha de extensão do prazo da dívida que pode tornar desvantajosa a portabilidade.
Troca difícil
Por Maria Inês Dolci